quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Escal(pelando) Janeiro

Dureza.
É comer rapadura velha
sob o sol de janeiro.
Magnânimo.

Moleza.
É encontrar algumas respostas
e perceber a vida de costas,
com tantas outras dúvidas.
Desânimo.

Fraqueza.
É evitar velhos erros, burlar desejos, anos a nadar
e morrer na praia,
atingido por um olhar.
Fenômeno.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Anatomia do momento

Engolindo lembranças e sensações,
pensativo, sistema nervoso, aparelho digestivo,
peristálticas transformações.
Era para ser uma mera frase,
mas deu disenteria,
virou essa bosta de poesia.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Cogumelos

Cogumelo azul, cogumelo amarelo,
cogumelos que fazem falta,
pro meu lado hippie magrelo.

Cospem fogo, cosmopolitas dragões,
flauta de osso,
tocam pro povo,
“salvem as nações”.

Artesanato com seus arames,
dizem muito sobre o dono,
viver exige manhas e malabares,
alguns até chamam de plano.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Abraço de urso

Se visse um urso eu queria um abraço,
é a noite de imaginar,
pudesse ser coruja,
assim imaginando eu posso voar.

Agora esmola de mendigo cosmopolita,
faço frente ao diamante,
só me jogue nem reflita
virei moeda mercante.

Um simples presente, tesouro,
guardado em baú sem tranca,
sou pirata escondendo ouro,
na areia da folha branca.

Imaginação com prazo de validade,
minha escada sem corrimão,
são segundos de vaidade,
tempos modernos, é lenta minha conexão.

Um peixe e a isca que lhe atrai,
agora sou o equilíbrio,
te abandonei pescadora, cai!