sábado, 31 de dezembro de 2011

Morre o Ano, nasce o Novo

O tempo voa, já diz o ditado,
e com esse não poderia deixar de ser.
Passou rápido, apurado.
Velha pergunta, Ano-Novo, o que irá acontecer?

Vá embora 2011,
deixará saudades, vontades, e sonhos realizados,
pesos e valores, ouro, prata e bronze.
Trocamos a data, continuaremos os mesmos?

Venha jovem 2012,
que já é tua hora,
venha, não faça posse,
vamos juntos ver os fogos lá fora.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O mínimo é o máximo

Então ficamos assim,
entre o pouco falar
e o muito sentir.

O silêncio sonoro
de desejos delirantes,
corações de pedra,
outros de diamante.

A arte de fingir,
todos loucos controlados,
todos loucos deviam se assumir.

Raros momentos
de um louco entendimento.
Sonho real posso sentir.
A vida é um sonho?  Então me deixe dormir.

Sonho, vida, arte.
A arte bem vivida,
acredito que em todas as partes
têm paixões mal resolvidas.

Então ficamos assim,
loucos, soltos, controlados,
buscando o mínimo até o fim,
querendo o máximo do ser amado.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Engulo seco

Engulo seco, piso fundo, vou vivendo,
cenas vistas finjo que esqueço, vou fazer meu mundo,
e vou vivendo.

Chego logo a um consenso.
O milagre que faz o vinho virar vinagre
atende pelo nome de tempo.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Achismo

Confiante demais no realismo,
com uma fábrica de frases na cabeça,
alimentei minha inspiração com “quilos de achismo”,
numa rotineira e distante noite de terça.
 
Noite de desejos misturados,
a harmonia dos primeiros ensaios,
um pensamento doce tão festejado,
fenômeno súbito e belo, atração forte como um raio.
 
Ela me lembra a alegria de uma esquina
nas noites de carnaval.
Podia rimar com o seu nome, menina!
Qualquer suspiro meu, vira um vendaval.
 
Chegou transformando rio em mar,
sentimento leve virou chumbo.
Aquela frase do Renato Russo, tu me fez relembrar.
“Temos todo tempo do mundo”.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Vida.com

Antigamente a vida
era vida e ponto.
Hoje em dia tá bem corrida,
deve ser essa tal globalização.
É a vida.com

sábado, 10 de dezembro de 2011

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Creme dental

A mentira tem língua curta,
gagueja, gagueja,
quando alguém lhe pergunta.


Tem olhos, mas não vê,
bate de frente na sinceridade,
bate até doer.


Assim... Assim... Sincero!
Pegue seu sorriso amarelo,
e vá escovar outra paciência.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

SkateSorte

Às vezes anda sujo, maltratado,
corpo ferido, cansado.
Mendigo?


Tênis rasgados,
olhares desconfiados,
ninguém entende.
Flip, Blunt?


Essa admirável leveza, poucos notam a beleza.
“Na base” o improviso.
Mendigo?


Nos problemas e nas ruas, aprenda e use as bordas.
Guardo na memória o primeiro dia de “Board”.
Boas manobras, fuja das cobras.
Na vida o que desejo é SkateSorte.


Então “sociedade”, não somos mendigos,
não insista.
Aqui quem descreve é mais um skatista.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Profunda e rasa, a viagem é cara

Embarcamos no planeta terra,
a viagem começou,
somos heróis de uma guerra
que ainda não terminou.

Histórias de heróis, sem pé nem cabeça,
como pode os olhos verem
antes mesmo que aconteça?

Reflexões tão precipitadas,
expressões estáticas,
estatuas decapitadas.

Feitos com matéria prima elaborada,
ao mesmo tempo que
somos tudo e nada.

Somos profundos e rasos
conforme o momento, lentos passos,
vida é um breve sopro, não é vento.

Desnecessário querer trocar
a passagem de ida,
pela passagem pra voltar.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sobram vírgulas

A frase, virou gente,
e se perdeu, na dor humana,
olhou, o horizonte, descontente,
literário, ser, só reclama,
quer voltar, pro livro,
que tanto ama,
esqueceu, o caminho,
e a página,
cada vírgula dela,
é uma lágrima;

sábado, 19 de novembro de 2011

Amorcegando

Vejam só quem diria,
um morcego voando
em pleno meio-dia.
Voando louco, procurando almoço,
desejando sugar a flor,
tatuada em teu pescoço.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vida é sopa, coma de garfo




Minha janta. Caudaloso poema.
Faço deles o que eu quiser.
Faço dessa sopa um grande problema,
só achei o garfo, cadê a colher?


Queima língua,
língua tonta.
Todo bairro tem um guarda,
fingi que ronda, e ronca.


Dorme guarda, esfria sopa!
Pode roubar pivete.
Cada bairro. Cada sopa.
Tem o cuidado que merecem.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Noite soberana

A tarde morrendo com todo fulgor,
e a lua esperando o último suspiro,
é um momento de esplendor,
o sol indo pro seu retiro.


Pudesse eternizar está fase,
o exato instante que não se sabe.
Dia ou noite?


Dúvida agradável de sentir, uma das poucas,
nem negar, nem fingir, a fase não eternizou,
palavras e bruxas estão soltas,
a noite soberana reinou.

sábado, 12 de novembro de 2011

Cercado

Sábado estranho,
antes não começava errado.
Sábado me cerca por todos os lados.
Esse dia fala, finjo que não escuto,
e não adianta deixar recado.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Simples de dar dó

Cada vez que te vejo
me torno um assassino,
mato minha saudade,
e fico alegre como um menino.


Que botão eu aperto?
Que aparelho eu desligo?
Quero trazer você pra perto,
quero ter você comigo.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O espelho do teu olhar


De receio, em receio,
o espelho se enche de vaidade,
fica cheio, e só por maldade,
reflete feio.


Reflexo de sinceridade,
esse espelho eu vou quebrar,
por você, com toda vontade,
de me ver refletido no brilho do teu olhar.


Acerto em cheio, ou não acerto,
de tão longe não consigo mirar,
não acredito, eu confesso,
nos sete anos de azar.

domingo, 6 de novembro de 2011

Minha alma inquieta

Minha alma inquieta.
Alma?
Não sei se existe.
Enquanto a consciência pede calma.
Calma! Calma!
Ela insiste.

sábado, 5 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Romantismo usa óculos

Vejo que pode ser assim.
Um pouco de você em todo mundo,
um pouco de ti em mim.
Pode ser problema de visão.
Um pouco de você em todo mundo?
É claro que não.
No fundo, no fundo,
preciso de óculos,
para usar no meu coração.


domingo, 30 de outubro de 2011

Frases-bomba

Diversifico
meu texto
prolixo.
Ergo paredes
com frases bem longas,
até parecem
bombas,
me matam por dentro,
chacinam os meses.
Tontas,
frases sinceras,
esperam janelas
na atenção alheia,
enredam-se na teia
da própria escrita
que o poeta semeia.

sábado, 22 de outubro de 2011

Brinco de dizer verdades

Brinco de dizer verdades,
coloco palavras em teus ouvidos,
verbos pendurados,
 presenteio com adjetivos.
Jóias ou Bijuterias?
Palavras ou brincos?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Líquida alegria

Um croquete
não cura um pileque,
antiga solução pro desamparo,
igual fita K-7.


Dou um toque clássico
à bebedeira semanal,
dose de remédio homeopático
ameniza a atração carnal.


A taça no cio
voluptuosa pede mais vinho,
segura de si no seu hábitat,
minha mesa é seu ninho.



O descaminho do antro bar
me põe à rodar,
como um envelhecido vinil,
hálito etílico, corpo febril,
líquida alegria, não quero largar.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O tempo vivido é um bom negociante, da mesma forma que nos da à experiência, tira de nós a vontade de usá-la.

sábado, 8 de outubro de 2011

Fugitivo

Nuvens viram chuva,
ventos levam tudo,
olhos de coruja
atentos para o mundo.


Nessa comum cadeia livre
muros e grades que me cercam,
hora de alçar voos,
anseios que me libertam.


Olhos cegos que invejavam
não viram o horário,
menos um prisioneiro
já fugi do serpentário.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A deriva nos olhos da esfinge

Do barco, um pouco tenso
me joguei.
Respiração presa logo penso,
hoje chego ao fundo, mergulhei.

Na água é tudo relativo,
perco a distância, o tempo,
cada coisa que eu invento
mar revolto que perigo.

Cheguei ao fundo,
meu instinto começa a procurar,
a maior riqueza desse mundo,
seria um pouco dela pra mim respirar.

Fôlego quase acabando
acho uma faca de dois gumes,
no fundo do mar verde esmeralda
as emoções vem em cardumes.

Voltei pra superfície
e onde está o barco?
Admito o que me marca
são teus olhos de esfinge.

Agora me ponho a nadar
nessas ondas indefinidas,
enquanto nuvens deprimidas
começam a chorar.

O destino pode ser uma nuvem
que chove pingos de coincidências.
Dizer palavras que envolvem
é garantia de eficiência?

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Antes de partir. Lista 1

Conhecer Londres.
Rever todos os amigos verdadeiros.
Andar nos bondes
do Rio de Janeiro.

Comer uma maçã colhida no pé.
Pilotar um avião.
Tentar entender o meu significado de fé,
e inventar minha própria oração.

Escrever o tão sonhado livro.
Aprender a tocar guitarra.
Manter meu bom senso vivo,
Sorrir mais, e matar a angústia que me amarra.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A flor da pele

Sorriso largo e folha branca,
sorriso branco a folha larga.
Janela aberta da varanda,
vejo toda passarada.

Primavera nasce, a flor da pele surge,
tempo pássaro voa,
tempo leão ruge.

Raios de sol iluminam diferente,
intensidade crua servida em prato azul,
é vida, é luz incandescente.

Mais um ciclo de contemplação,
o filme se repete até o fim das filmagens,
até o corta! Da direção.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Alfabeto, alfa afeto

Minha imaginação começa no A, para no M, e chega á Z,
percorre longos caminhos,
céu e terra até você.
Fico solto nestes primeiros dias de primavera,
bela imaginação,
imaginando á quem dera,
passar ao teu lado um infinito verão.

sábado, 24 de setembro de 2011

Somando pontos de cabeça

Isso que nós sentimos
é a arte de tardar.
Inconformados a vida inteira,
nesse jogo de azar.
Irônico e descontrolado, sentimentos em jogo,
um jogo sem placar.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Literalmente disfarçado

Poema rápido de gosto incerto.
Tem gente por perto!
Disfarça...
Em qual esconderijo?
Já se foram.
Que alívio!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Eu escrevo, tu escreve, vida e poema, continuação


Poema que imita a vida, parecem tão leves
pesam como... Uma pena...
Que sejam tão breves.


Não fique triste não,
o poema e a vida
quem sabe tenham uma continuação...


Apenas oi, apenas tchau,
fica tudo em aberto
sem ponto final
Aquela tatuagem que tanto sonho, odiaria ver nos braços de outro.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Deixei pra amanhã e requentei o vazio

Atrasado eu inicio
sem garantia que vou terminar,
todo realismo na minha frente
vazão e vazio inconveniente.

O vazio depois eu denomino,
a vazão contorce,
vem sem razão, distorce, e eu abomino.

O vazio é fome,
fome que dói de falar.
Janto ou escrevo?

Escrevo, não é a fome que vai me matar.
Igual esse poema de ontem,
  a janta é só requentar.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

De repente é a minha certeza alternada

De repente eu conheci
uma escritora,
uma veterinária,
ou uma dona de casa sedutora.

De repente eu fui atingido
por frases de uma publicitária,
pareciam sem sentido,
tempo de uma breve perfeição imaginária.

De repente já é setembro
e eu cercado de papéis,
com frases escritas que nem lembro,
maltratam o próprio dono, frases cruéis.

De repente eu ainda lembro
o nome daquela menina,
despretensiosa alegria de uma esquina
lembro sim, o nome dela é...

De repente você está lendo agora
e não resiste, começa a sorrir,
sorriso belo como aves migratórias,
que de tempos em tempos devem partir.

O meu problema é esse de repente,
que só se repete.
De repente perfeito seria aquele encontro ao acaso,
que teima e não acontece.

domingo, 11 de setembro de 2011

Café (in)direto

Penso.
Vou lá e esquento.
Demoro demoro pra pensar.

Vai esfriar.
Repenso.
Já esfriou.

Aqueço de novo meu café,
hoje eu não quero dormir.
  Pois é... Pois é..

O pessimista diz que é muito alto, o realista diz que é um muro

-Assume logo, tu é pessimista!
-Saí de cima do muro!
Eu sou realista,
mas mesmo assim não juro.
Ainda não vou descer, e não insista.

Perguntas e conselhos

  O que está escondido num simples “oi” ? Um “oi” sem vontade, ou aquele “oi” cheio de falsidade, já pensaram se cada “oi” que ouvimos ganhássemos um real, e cada “oi” falso e sem vontade ganhássemos dez reais, teríamos um bando de milionários enriquecidos com a falsidade alheia, melhor, seria um enriquecimento mútuo. Uma boa ideia usar a falsidade, forma de agir tão desprezível, em prol de todos nós, e não no interesse só de alguns, continuaríamos falsos, só que com uma melhor distribuição de renda, que utopia.

        A falsidade é abundante, não necessita de muito esforço para ser encontrada e transformada em nova atividade rentável, vamos lucrar com ela, pensando bem, já fazem isso, só que de uma forma mais... “Consumista”, as corporações multinacionais já morderam meu sanduíche, pensei ter tido uma grande sacada, ledo engano.
       

         A falsidade é instantânea, aliás, instantaneidade é oque mais me incomoda ultimamente, mas isso é assunto para outra crônica, vou me deter apenas á falar da “falsa”, lhe chamo assim com toda intimidade, afinal conheço-a bem, e não é de hoje, embora antes a falsidade me parecesse equívocos de julgamento, lembro quanta inocência do menino que achava as pessoas engraçadas, enquanto tentavam disfarçar a falsidade gritante dos seus egos, e ainda assim, há mais ou menos dez anos atrás, a vida tinha um gosto mais elaborado, o tempo parecia ser mais palpável, e a mesmice nem fazia parte do meu vocabulário. Será saudade da minha adolescência, ou estou sendo falso por não afirmar que é realmente saudade do finalzinho do século vinte? Não tenho respostas pra esta, e nem pra outras tantas perguntas, e se tivesse, o meu tédio estaria em níveis insuportáveis.

Então meus leitores imaginários, a falsidade está conosco e não abre, quem sabe é uma arma evolutiva em nosso DNA, e sem ela não teríamos “evoluído“, mas que é difícil conviver com ela, não há dúvidas, aproveitando que falei em evolução, chegamos ao ponto de inventar um desodorante que promete durar 48 horas, quer maior falsidade do que ficar dois dias sem banho, e ainda assim você pode sair por aí alegremente com “cheirinho” de banho tomado, distribuindo “oi” para todo mundo, é levei muito ao pé da letra a propaganda do desodorante, mas como sou defensor de que devemos olhar tudo por vários pontos de vista, dois dias sem banho pode ser uma atitude ecológica, economiza água, porém é um ponto de vista digamos... “Olfativo” nada agradável. Você que leu toda crônica, chegou até aqui, agradeço a paciência, e não esqueçam, tomem banhos rápidos, e o principal, evitem a falsidade, inclusive a sua falsidade.

Um aperto de mão, ou um abraço ?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Refém inconformado de um sequestro voluntário

Meu pensamento sem freio
segue rápido
e vai mais além.
Não tem algo pior para o coração
do que virar refém.

Sentimentos marginais
reclusos no peito.
Inconformado aceito
esse estranho cativeiro.

Não me prende por inteiro.
Apenas confuso uso,
esse relógio sem ponteiros.