sexta-feira, 25 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sobram vírgulas

A frase, virou gente,
e se perdeu, na dor humana,
olhou, o horizonte, descontente,
literário, ser, só reclama,
quer voltar, pro livro,
que tanto ama,
esqueceu, o caminho,
e a página,
cada vírgula dela,
é uma lágrima;

sábado, 19 de novembro de 2011

Amorcegando

Vejam só quem diria,
um morcego voando
em pleno meio-dia.
Voando louco, procurando almoço,
desejando sugar a flor,
tatuada em teu pescoço.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vida é sopa, coma de garfo




Minha janta. Caudaloso poema.
Faço deles o que eu quiser.
Faço dessa sopa um grande problema,
só achei o garfo, cadê a colher?


Queima língua,
língua tonta.
Todo bairro tem um guarda,
fingi que ronda, e ronca.


Dorme guarda, esfria sopa!
Pode roubar pivete.
Cada bairro. Cada sopa.
Tem o cuidado que merecem.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Noite soberana

A tarde morrendo com todo fulgor,
e a lua esperando o último suspiro,
é um momento de esplendor,
o sol indo pro seu retiro.


Pudesse eternizar está fase,
o exato instante que não se sabe.
Dia ou noite?


Dúvida agradável de sentir, uma das poucas,
nem negar, nem fingir, a fase não eternizou,
palavras e bruxas estão soltas,
a noite soberana reinou.

sábado, 12 de novembro de 2011

Cercado

Sábado estranho,
antes não começava errado.
Sábado me cerca por todos os lados.
Esse dia fala, finjo que não escuto,
e não adianta deixar recado.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Simples de dar dó

Cada vez que te vejo
me torno um assassino,
mato minha saudade,
e fico alegre como um menino.


Que botão eu aperto?
Que aparelho eu desligo?
Quero trazer você pra perto,
quero ter você comigo.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O espelho do teu olhar


De receio, em receio,
o espelho se enche de vaidade,
fica cheio, e só por maldade,
reflete feio.


Reflexo de sinceridade,
esse espelho eu vou quebrar,
por você, com toda vontade,
de me ver refletido no brilho do teu olhar.


Acerto em cheio, ou não acerto,
de tão longe não consigo mirar,
não acredito, eu confesso,
nos sete anos de azar.

domingo, 6 de novembro de 2011

Minha alma inquieta

Minha alma inquieta.
Alma?
Não sei se existe.
Enquanto a consciência pede calma.
Calma! Calma!
Ela insiste.

sábado, 5 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Romantismo usa óculos

Vejo que pode ser assim.
Um pouco de você em todo mundo,
um pouco de ti em mim.
Pode ser problema de visão.
Um pouco de você em todo mundo?
É claro que não.
No fundo, no fundo,
preciso de óculos,
para usar no meu coração.