quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Antes de partir. Lista 1

Conhecer Londres.
Rever todos os amigos verdadeiros.
Andar nos bondes
do Rio de Janeiro.

Comer uma maçã colhida no pé.
Pilotar um avião.
Tentar entender o meu significado de fé,
e inventar minha própria oração.

Escrever o tão sonhado livro.
Aprender a tocar guitarra.
Manter meu bom senso vivo,
Sorrir mais, e matar a angústia que me amarra.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A flor da pele

Sorriso largo e folha branca,
sorriso branco a folha larga.
Janela aberta da varanda,
vejo toda passarada.

Primavera nasce, a flor da pele surge,
tempo pássaro voa,
tempo leão ruge.

Raios de sol iluminam diferente,
intensidade crua servida em prato azul,
é vida, é luz incandescente.

Mais um ciclo de contemplação,
o filme se repete até o fim das filmagens,
até o corta! Da direção.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Alfabeto, alfa afeto

Minha imaginação começa no A, para no M, e chega á Z,
percorre longos caminhos,
céu e terra até você.
Fico solto nestes primeiros dias de primavera,
bela imaginação,
imaginando á quem dera,
passar ao teu lado um infinito verão.

sábado, 24 de setembro de 2011

Somando pontos de cabeça

Isso que nós sentimos
é a arte de tardar.
Inconformados a vida inteira,
nesse jogo de azar.
Irônico e descontrolado, sentimentos em jogo,
um jogo sem placar.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Literalmente disfarçado

Poema rápido de gosto incerto.
Tem gente por perto!
Disfarça...
Em qual esconderijo?
Já se foram.
Que alívio!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Eu escrevo, tu escreve, vida e poema, continuação


Poema que imita a vida, parecem tão leves
pesam como... Uma pena...
Que sejam tão breves.


Não fique triste não,
o poema e a vida
quem sabe tenham uma continuação...


Apenas oi, apenas tchau,
fica tudo em aberto
sem ponto final
Aquela tatuagem que tanto sonho, odiaria ver nos braços de outro.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Deixei pra amanhã e requentei o vazio

Atrasado eu inicio
sem garantia que vou terminar,
todo realismo na minha frente
vazão e vazio inconveniente.

O vazio depois eu denomino,
a vazão contorce,
vem sem razão, distorce, e eu abomino.

O vazio é fome,
fome que dói de falar.
Janto ou escrevo?

Escrevo, não é a fome que vai me matar.
Igual esse poema de ontem,
  a janta é só requentar.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

De repente é a minha certeza alternada

De repente eu conheci
uma escritora,
uma veterinária,
ou uma dona de casa sedutora.

De repente eu fui atingido
por frases de uma publicitária,
pareciam sem sentido,
tempo de uma breve perfeição imaginária.

De repente já é setembro
e eu cercado de papéis,
com frases escritas que nem lembro,
maltratam o próprio dono, frases cruéis.

De repente eu ainda lembro
o nome daquela menina,
despretensiosa alegria de uma esquina
lembro sim, o nome dela é...

De repente você está lendo agora
e não resiste, começa a sorrir,
sorriso belo como aves migratórias,
que de tempos em tempos devem partir.

O meu problema é esse de repente,
que só se repete.
De repente perfeito seria aquele encontro ao acaso,
que teima e não acontece.

domingo, 11 de setembro de 2011

Café (in)direto

Penso.
Vou lá e esquento.
Demoro demoro pra pensar.

Vai esfriar.
Repenso.
Já esfriou.

Aqueço de novo meu café,
hoje eu não quero dormir.
  Pois é... Pois é..

O pessimista diz que é muito alto, o realista diz que é um muro

-Assume logo, tu é pessimista!
-Saí de cima do muro!
Eu sou realista,
mas mesmo assim não juro.
Ainda não vou descer, e não insista.

Perguntas e conselhos

  O que está escondido num simples “oi” ? Um “oi” sem vontade, ou aquele “oi” cheio de falsidade, já pensaram se cada “oi” que ouvimos ganhássemos um real, e cada “oi” falso e sem vontade ganhássemos dez reais, teríamos um bando de milionários enriquecidos com a falsidade alheia, melhor, seria um enriquecimento mútuo. Uma boa ideia usar a falsidade, forma de agir tão desprezível, em prol de todos nós, e não no interesse só de alguns, continuaríamos falsos, só que com uma melhor distribuição de renda, que utopia.

        A falsidade é abundante, não necessita de muito esforço para ser encontrada e transformada em nova atividade rentável, vamos lucrar com ela, pensando bem, já fazem isso, só que de uma forma mais... “Consumista”, as corporações multinacionais já morderam meu sanduíche, pensei ter tido uma grande sacada, ledo engano.
       

         A falsidade é instantânea, aliás, instantaneidade é oque mais me incomoda ultimamente, mas isso é assunto para outra crônica, vou me deter apenas á falar da “falsa”, lhe chamo assim com toda intimidade, afinal conheço-a bem, e não é de hoje, embora antes a falsidade me parecesse equívocos de julgamento, lembro quanta inocência do menino que achava as pessoas engraçadas, enquanto tentavam disfarçar a falsidade gritante dos seus egos, e ainda assim, há mais ou menos dez anos atrás, a vida tinha um gosto mais elaborado, o tempo parecia ser mais palpável, e a mesmice nem fazia parte do meu vocabulário. Será saudade da minha adolescência, ou estou sendo falso por não afirmar que é realmente saudade do finalzinho do século vinte? Não tenho respostas pra esta, e nem pra outras tantas perguntas, e se tivesse, o meu tédio estaria em níveis insuportáveis.

Então meus leitores imaginários, a falsidade está conosco e não abre, quem sabe é uma arma evolutiva em nosso DNA, e sem ela não teríamos “evoluído“, mas que é difícil conviver com ela, não há dúvidas, aproveitando que falei em evolução, chegamos ao ponto de inventar um desodorante que promete durar 48 horas, quer maior falsidade do que ficar dois dias sem banho, e ainda assim você pode sair por aí alegremente com “cheirinho” de banho tomado, distribuindo “oi” para todo mundo, é levei muito ao pé da letra a propaganda do desodorante, mas como sou defensor de que devemos olhar tudo por vários pontos de vista, dois dias sem banho pode ser uma atitude ecológica, economiza água, porém é um ponto de vista digamos... “Olfativo” nada agradável. Você que leu toda crônica, chegou até aqui, agradeço a paciência, e não esqueçam, tomem banhos rápidos, e o principal, evitem a falsidade, inclusive a sua falsidade.

Um aperto de mão, ou um abraço ?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Refém inconformado de um sequestro voluntário

Meu pensamento sem freio
segue rápido
e vai mais além.
Não tem algo pior para o coração
do que virar refém.

Sentimentos marginais
reclusos no peito.
Inconformado aceito
esse estranho cativeiro.

Não me prende por inteiro.
Apenas confuso uso,
esse relógio sem ponteiros.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Poema que saltou do peito

Palavras solidárias,
umas puxam as outras.
Me fazem este favor.
Força, ao sonhador.
Lavram a página.
Um trator.
Só.

domingo, 4 de setembro de 2011

A rua que nós merecemos

Preciso ser dia pra ser claro ?
Pensamento noite, e tu vela apagada.
É em ti, calçada, que eu resvalo.


Julgava ser caminho seguro.
Desatento, correndo.
Olha o muro!


Melhor ir pra rua e arriscar,
que não seja contramão.
Enquanto muitos carrinhos, eu caminhão.

sábado, 3 de setembro de 2011

Reflexão

Ao passo que o passado,
passou.
Ao passo que o presente,
passageiro.
E o futuro,
quem saberá o paradeiro ?

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

"Ême"


A frase perfeita.
Aquela bem certa.
Surge suspeita,
com a face modesta.


Isenta da dúvida.
Energia letrada, no polo da pilha,
o M maravilha
garboso me inspira.


A frase desfeita por puro relaxo,
orgulho eu acho.
Do belo palácio sobrou o capacho.


Quero mais frases zelosas a confortar,
 folhas brancas como sal,
minhas palavras são sinceras crianças
querendo brincar no teu quintal.