terça-feira, 30 de agosto de 2011

Lanceiro

Sobre a folha branca
o poema se lança.
Não sabe a força que tem.
Só eu que o leio,
ou mais alguém ?

De agosto sobrou "ouro"

Poema louco de final de agosto
grita rouco,
essa mensagem avessa,
áspero, espero,
tua voz como recompensa.

Que o filtro do bom senso
conserve a linha dura,
separe o pó de ouro
do resto da varredura.

Rasgo frases imaginárias
saturadas com gritaria,
atrapalham o segredo.
Fala agora... Falaria.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Guerra torrencial

Ouço a guerra lá fora,
de pingos e prantos.

Prantos!
São tantos.
Tristezas, mágoas.
A nuvem negra, hábil rival,
nessa batalha de chuva torrencial.

A alegria é um guarda-chuva,
um acordo de paz a essa altura,
assinado por almas frias,
como olhar de escultura.
                                                          
Após pingos e prantos, sobram as poças.
Terrível noite bélica, tardia esboça,
o esperado amanhecer,
se há de nascer,
o sol, sorriso nosso.

Festejos forçados

Festejos forçados, relâmpagos
em dia ensolarado.
Não dizem a que vieram.

São como a hilariante sonolência matinal,
vibrante em suas primeiras horas,
porém leviana, superficial.

Rogo que despertem,
contrariam, e seguem...
Blá, blá, blá, etc. E tal.

domingo, 28 de agosto de 2011

Réus


Seres nesse mundo, andam perdidos,
como a vírgula em uma frase.
Estranhos como ha, sem crase.
Ligados com hífen, transparecem
a pureza do hímen.


Mil Interrogações.
Vil personalidades.
Céu de emoções, infinito querer.
Réus corações,
até a hora de morrer.

sábado, 27 de agosto de 2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Breve besteira

Uva
vinho
inverno
lareira
mais um pouquinho
dessa breve besteira.

Verde
mata
vermelho
sangue
quero que arranque
o caranguejo
do mangue.

Verde pra mim
esperança
no fim
vermelho
paixão
repito vermelho
do teu coração.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Será pra mim ?

A ironia
de olhar para o céu
nesta noite fria
e ver a estrela que passou
se mostrando assim...
será que isso
foi pra mim ?

A arte de fantasiar
e junto, o medo
de me equivocar.

Folhear o teu jornal “diário”
forçar o meu entendimento
imaginário
ver em algumas notícias
um lamento
e tirar dali
o sustento
da minha doce ilusão.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Só. Escrevo.

Escrevo para todos meus
amigos verdadeiros
que se foram.
para os que ficaram,
e aos que vão chegar.

Escrevo pensando em todos
os filmes que ri
que chorei
e aos que vou odiar.

Escrevo lembrando todas
as músicas que ouvi
todas as frases que li
e aos poemas
que ainda vou recitar.

Escrevo para todos os
amores que desperdicei
para os que com
admiração amei
e aos que ainda vou amar.


Enfim.
Só!
Escrevo...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mundo morno

Passatempo QUENTE
embaixo do chuveiro MORNO
pra alentar esse corpo FRIO
que ainda pede socorro.

Passo um tempo FRIO
tentando entender
esse mundo MORNO
imaginando o retorno
de tudo que era QUENTE.

Tua leitura, minhas páginas

Quando estou lá
distante
me parece perto
por um instante.

Quando estou aqui
confiante
me parece distante.

Continuo solto
na estante
esperando a tua leitura
para abrir minhas páginas
e ver tua nova caricatura.

Vou "interpretar"

Não adianta
vai deixar como está ?
Saiu desse jeito
é assim que vai ficar ?
A inspiração, vem do peito.
Vem serena !
Vem sem pena !
Daquele que demora a "interpretar".
O melhor calçado, e a melhor maneira de levar a vida, tem algo em comum, pés no chão.

sábado, 20 de agosto de 2011

Mar de inspiração

O rio se transforma em
Mar
"i"
na
praia
todos a
se espantar.

Abraço nostálgico

O tempo, a nostalgia, e a saudade, dividem um apartamento no centro da cidade, são amigos de longa data. Às vezes vou lá, conversar um pouco, reservadamente peço conselhos ao tempo, falo que preciso parar de flertar com a saudade, ele me diz que agora é tarde, diz também que ela será presença constante em minha vida, não me espanto com as respostas, e fico até feliz, pois sempre que a saudade decide me visitar, ela traz consigo a nostalgia, formam uma dupla inseparável.

       A nostalgia tem um abraço eterno, aconchegante, traz a sensação, embora pareça ilusória,
de vida bem vivida, sentir esse abraço nostálgico invariavelmente nos leva de volta ao passado, aos momentos que se assemelham a uma brisa constante e suave, agradável ao corpo, mas faz lacrimejar os olhos. Relembrar tudo que já vivemos, é ter a companhia da saudade, mas olhar somente nos olhos da nostalgia.

Procura-se

Entrei louco pra te ver
passei um tempo a te procurar
só não consigo entender
aonde é que você foi parar.

E se... É realismo

E se não der,
vai dar
errado.
Se sair sem pensar,
vai voltar
calado.

Contra a luz, sombra.

A vida não me da certeza.
A certeza não tem sombra.
Sem luz não há beleza,
nessa escuridão que eu luto contra.

É hoje ?

É hoje que eu me acho
mas isso foi ontem
no meu pensamento relapso.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Quilos de "achismo"

Numa noite até então rotineira, de pensamentos distantes, antigos e novos desejos misturam- se, com a mesma “harmonia” de uma banda de garagem na fase dos primeiros ensaios.
Um desses pensamentos distantes começa a conversar com minha consciência, tal pensamento me conta novidades do seu dia, mas faz isso com tamanha doçura, que para mim parecem ser as melhores novidades que poderiam ser ditas para uma consciência já acostumada com a mesmice, ao desenrolar da conversa uma frase ganha destaque, como todas as palavras estavam saindo rápidas demais, não consegui entende-la, muito menos refletir sobre a frase dita, a frase era mais ou menos isso, “muitos acham, mas poucos têm certeza”, é a sociedade do “achismo”, e parece ser uma verdade mesmo, se é que existem verdades, olha a contradição dando as caras.             Cabe apenas à arte da imaginação, ou a dureza da razão, decidir em que acreditar, por mais que a vida se mostre “crua”, como um bife de fígado no açougue da esquina, em que o açougueiro é caixa, e repositor ao mesmo tempo, eu não tenho certeza de nada, nem do troco que recebi no tal “açougue”.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sobrou o destino

Mas não está aqui
tudo aquilo que escrevi
em outra vida
tudo aquilo que vi
antes da minha despedida.

O que chamam de destino
será o que sobrou de nós ?

O gosto do melhor jantar
a face triste de uma noiva
sem paixão no altar
o aniversário do melhor amigo
que você esqueceu de felicitar.

Tantas coisas passam como um filme
a vida tem uma "personalidade" estranha
que nunca se reprime.

Quem sabe estamos apenas descansando
de uma etapa da viagem
por isso ouço tantos reclamando
pelo excesso de bagagem.

O cansaço dribla a certeza
faz pensar em saídas banais
transforma razão em fraqueza
alternativas lógicas em irreais.

Frase com giz

A vida, essa aventura errante,
passa ligeira,
num instante.

Acontece tudo por um triz,
é uma breve frase na pedra
marcada com giz.

Teme a chuva, teme o passar do tempo,
nada detém a sua sina,
assim como nada detém o vento.

O pensamento voa alto, a vida voa baixo.
Não consigo entendê-la,
mesmo assim me esforço, não disfarço.

domingo, 14 de agosto de 2011

Abismos superficiais

É estranho ver como as pessoas se jogam no "abismo" de um relacionamento superficial, com medo da solidão, e como a visão da vida depende do ponto de vista, outras pessoas evitam os "abismos superficiais", com medo dos relacionamentos.
Inevitavelmente um dia, você vai encontrar um ponto de vista que lhe complete.

sábado, 13 de agosto de 2011

Divagações



Divagações que não calam, metralham a alma com rajadas de pensamentos, que levam a mais divagações, e na minha opinião, o círculo vicioso está completo.