Atrasado eu inicio
sem garantia que vou terminar,
todo realismo na minha frente
vazão e vazio inconveniente.
O vazio depois eu denomino,
a vazão contorce,
vem sem razão, distorce, e eu abomino.
O vazio é fome,
fome que dói de falar.
Janto ou escrevo?
Escrevo, não é a fome que vai me matar.
Igual esse poema de ontem,
a janta é só requentar.
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